CASO CELSO DANIEL
O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr. |
O delegado Romeu Tuma Jr. fez, em livro, revelações comprometedoras
sobre o envolvimento do ministro Gilberto Carvalho. O ministro prometeu
processá-lo há 241 dias e, até agora, nada! Do que é que “Gilbertinho”
tem medo?
A promessa do ministro de processar o delegado, até agora, ficou por
isso mesmo. Tuma diz que Gilberto admitiu a ele ter levado dinheiro
ilícito, produto de corrupção, diretamente para as mãos do então chefe
da Casa Civil, José Dirceu.
O hoje ministro Gilberto Carvalho, uma das estrelas do lulalato, teria
admitido a seu então colega de governo Romeu Tuma Junior, secretário
Nacional de Justiça, que, quando trabalhava com o prefeito petista de
Santo André (SP), Celso Daniel — assassinado em janeiro de 2002 –,
levava e entregava pessoalmente dinheiro ilegal proveniente de propinas
de empresários ao futuro chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, para
fazer frente a despesas eleitorais do PT.
Romeu Tuma Junior conta o episódio eu seu livro best-seller Assassinato
de Reputações — Um Crime de Estado (Topbooks; 557 páginas; 69,90 reais).
Pois bem, mal lançado o livro, o atual secretário-geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, anunciou que iria processar criminalmente o delegado,
atualmente aposentado da Polícia Civil de São Paulo e sócio de um
escritório de advocacia.
O anúncio foi feito pelo ministro no dia 9 de dezembro de 2013.
Já faz, portanto, 241 dias que anunciou o processo. E, até agora, nada.
O delegado Tuma Junior já declarou, publicamente — inclusive quando
entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura –, que se dispõe a
fazer em juízo a “exceção da verdade” (ou seja, provar o que diz), ou
submeter-se a uma acareação com quem quer que seja.
Por que será que ao ministro Gilberto Carvalho falta tanta pressa em defender sua honra?
O que, afinal, teme “Gilbertinho”?
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