Ministra israelense afirma que acabar com o Hamas é uma opção
Tzipi Livni Ministra de Justiça de Israel |
A ministra de Justiça de Israel, Tzipi Livni, disse em entrevista a uma
TV local que não descarta a derrubada do Hamas como uma possível
consequência da operação militar terrestre do Exército israelense.
Questionada se havia a possibilidade de destituir o Hamas do comando de
Gaza, ela respondeu que essa opção “não foi tirada da mesa” e que Israel
faria tudo para restaurar a segurança de sua população. Tzipi foi a
única ministra do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que
não apoiou imediatamente a operação terrestre, mas mudou de ideia após o
Hamas rejeitar a proposta de cessar-fogo. “"Eu apóio totalmente esta
operação", disse ela ao Canal 2, segundo o jornal The Times of Israel.
Também nesta sexta-feira, Netanyahu disse que havia instruído os
militares "para estarem prontos para a possibilidade de uma expansão
significativa da operação terrestre". O primeiro-ministro de Israel
ressaltou que ordenou a incursão após dez dias de bombardeios aéreos
porque todos os outros meios para interromper o lançamento de foguetes a
partir de Gaza tinham falhado. Segundo informou um comunicado do
Exército israelense, desde que iniciou a operação terrestre, já foram
destruídos 13 túneis utilizados pela milícia palestina para
contrabandear armamentos. Um oficial militar ouvido pelo The Wall Street
Journal disse que Israel não esperava uma batalha fácil com o Hamas.
"Em cinco anos, o Hamas aprendeu as lições em conflitos conosco", disse o
oficial. "Nós não estamos falando de um grupo terrorista desorganizado.
Estamos falando de tropas treinadas, bem armadas e com capacidade de
combate. A sensação é de que estamos diante de um Hamas que é mais
avançado”, completou. Cerca de 280 palestinos morreram e mais de 2.000
ficaram feridos desde o início da ofensiva de Israel. Nesta sexta-feira,
cinco palestinos morreram na Faixa de Gaza atingidos por disparos de
tanques israelenses em incidentes separados, incluindo quatro crianças
com idades entre dois e treze anos, de acordo com os serviços de
socorro. Do lado israelense, um soldado e um civil morreram. O Hamas
costuma ameaçar as pessoas que tentam fugir dos locais dos bombardeios
justamente para tentar fazer com que as imagens de vítimas civis choquem
o mundo. Em pelo menos uma dessas oportunidades, a Força Aérea
israelense suspendeu um ataque depois que dezenas de civis subiram em um
prédio que seria bombardeado. Os civis estavam sendo usados como
escudos-humanos para proteger instalações do Hamas. De acordo com as
Nações Unidas, o número de deslocados quase dobrou nas últimas 24 horas,
chegando a 40.000 pessoas. A Faixa de Gaza é uma área de 362
quilômetros quadrados (menor que a Zona Sul de São Paulo ou do Rio de
Janeiro) onde vivem 1,8 milhão de pessoas.
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