Banco dos BRICS deve ser formalizado em cúpula no Brasil
O acordo que criará o banco de desenvolvimento dos Brics (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) está praticamente fechado e deve
ser assinado pelos membros do grupo na 6ª cúpula do bloco, que será
realizada nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza - Brasil. A intenção dos líderes
dos Brics é que a nova instituição ocupe parcialmente o espaço do Banco
Mundial e do FMI, reduzindo a dependência dos países-membros desses
organismos. Segundo o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, o
local da sede do banco de desenvolvimento ainda não está definido.
Xangai, na China, e Nova Déli, na Índia, são as opções mais prováveis. A
presidência do Conselho do banco, com um mandato de cinco anos, vai
rodar entre os países-membros, mas a primeira também não foi decidida
ainda. O banco foi primeiramente proposto em 2012 e contou no mesmo ano
com o aval da cúpula dos Brics na África do Sul. Contudo, ele não
conseguiu ser lançado durante a reunião do G20 na Rússia em 2013 por
discordâncias sobre seu financiamento, administração e sede corporativa.
Segundo Siluanov, o financiamento seria dividido igualmente, com um
total inicial de 10 bilhões de dólares em dinheiro ao longo de sete
anos, e 40 bilhões de dólares em garantias. A capitalização de 50
bilhões de dólares, porém, pode dobrar para 100 bilhões e o banco já
pode começar a realizar empréstimos em 2016. A instituição ficará aberta
a outros países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), mas a
cota dos Brics não poderá ficar abaixo de 55%. Os líderes dos Brics
também assinarão um acordo sobre outro projeto do grupo, um fundo de 100
bilhões de dólares para estabilizar os mercados de câmbio.
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