O Ministério Público Federal determinou que seja aberto um inquérito pela Polícia Federal, para apurar o conteúdo de uma carta enviada pelo vereador Agnaldo Timóteo (PR-SP) para um [ex-]amigo, na qual ele fala sobre cobrança de propina por parte de membros de seu partido. O MPF determinou que o vereador seja ouvido o quanto antes. Na carta, Timóteo chama colegas de legenda de “oportunistas” e cita Valdemar Costa Neto (PR-SP).

A filha dele estava empregada no gabinete do remetente.
Súbito, Timóteo demitiu a filha de Geraldo, acomodando outra pessoa na vaga. Ganhou um ex-amigo. Na carta, o vereador tenta explicar-se.
Timóteo realça no texto que Geraldo sempre recebera dele tratamento diferente do dispensado por outras pessoas do PR:
O “ministro” mencionado por Timóteo é o senador Alfredo Nascimento, que recentemente saiu da pasta dos Transportes."Você se lembra, Geraldo, que os oportunistas do meu partido te exigiram R$ 300.000,00 mensais? E eu pergunto: te pedi alguma coisa para levá-lo ao nosso ministro? Pedi alguma coisa para levá-lo à mesa do prefeito Kassab?".
Na audiência intermediada por Timóteo, Geraldo obteve autorização para instalar uma feira num terreno da antiga Rede Ferroviária Federal.
Da “mesa do prefeito [Gilberto] Kassab”, arrancou-se o assentimento para a abertura da “Feira da Madrugada”, no centro de São Paulo.
Os “R$ 300 mil mensais”, insinua Timóteo na carta, referiam-se à propina exigida pelos “oportunistas” do PR.
No rodapé da carta, Timóteo menciona um nome que emerge de 110% dos negócios conduzidos pelo Partido da República.
"Os maus conselheiros te levaram a peitar o Waldemar [sic] e, lamentavelmente, te ajudaram a perder sua galinha com ovos de ouro. Que pena!"A despeito da grafia errada, o “Waldemar” citado por Timóteo, informaram feirantes ouvidos pela reportagem, é o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Apurou-se que, depois que Geraldo perdeu sua “galinha com ovos de ouro”, o grão-pêérre Valdemar passou a negociar com os novos mandachuvas da feira.
Procurado, Valdemar negou a cobrança de propina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário