Entrou em vigor o acordo para o reconhecimento recíproco de carteiras de motoristas entre Brasil e Itália
O presidente Michel Temer assinou o decreto que autoriza o
reconhecimento recíproco da Carteira de Habilitação (CNH) entre Brasil e
Itália. A medida entrou em vigor no Brasil na quinta-feira
(11.jan.2018), ao ser publicada no Diário Oficial da União (DOU). Na
Itália, ela passou a valer no sábado (13.jan.2018). A lei havia sido
aprovada no Congresso Nacional no dia 20 de outubro de 2017, através do
Decreto Legislativo nº 151, aprovando o acordo assinado em Roma quase um
ano antes, em 2 de novembro de 2016. Na Itália não houve a necessidade dos procedimentos de ratificação do tratado passarem no legislativo.
A medida atinge "as carteiras de habilitação não provisórias, válidas e
em vigor, expedidas pelas Autoridades competentes da outra Parte
Contratante [os países], em conformidade com sua própria legislação
interna, em favor de portadores de carteiras de habilitação que
estabeleçam residência legal em seu território".
O texto ainda informa que a CNH brasileira "deixa de ser válida" após um
ano a partir da data da obtenção da residência legal no país europeu,
enquanto para os italianos essa validade dura 180 dias desde a entrada
no território brasileiro.
A lei ressalta que um brasileiro pode pedir a conversão da carteira "sem
submeter-se a exames teóricos e práticos" somente se morar na Itália
"há menos de quatro anos, tendo como referência a data em que apresenta o
pedido de conversão".
Os testes para obter o documento só serão solicitados em "casos
especiais", como quando há a exigência de adaptações do veículo em
relação ao padrão de fábrica ou uso de prótese.
"O presente Acordo aplica-se exclusivamente às carteiras de habilitação
emitidas antes da obtenção da residência, por parte do titular, no
território da outra Parte Contratante. No caso em que as carteiras de
habilitação sejam emitidas com validade provisória, aplica-se somente
àquelas que adquiriram validade permanente antes da obtenção da
mencionada residência", diz ainda o decreto.
Estima-se que cerca de 70 mil brasileiros que moram na Itália serão
beneficiados com o decreto. A Itália já havia implantado o acordo em
janeiro do ano passado, mas o processo acabou sofrendo atrasos no Brasil
porque precisou passar pela aprovação do Congresso.
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