Super Tucano Turboélice da Embraer vai à guerra por US$ 3,5 bi
O A-29 Super Tucano, turboélice de ataque leve da Embraer, vai à guerra
no Oriente Médio, cumprindo missões de fogo da Força Aérea dos Estados
Unidos, a Usaf, em uma zona de conflito real. A batalha também contempla
um alvo de longo prazo — um futuro contrato abrangendo de 120 a 300
aviões, negócio de até US$ 3,5 bilhões. O local ainda não foi decidido.
Serão enviados dois aviões para a front logo no começo do ano, ambos
configurados de acordo com os padrões da Usaf, para bombardeio de
precisão e apoio à tropa no terreno.
A experiência de combate, adotada pela primeira vez pelo Pentágono em um
processo desse tipo, faz parte da avaliação OA-X, do Pentágono, que
considera a seleção de uma aeronave de custo relativamente baixo para
atuar em ambientes de risco reduzido. O Super Tucano terá um concorrente
o turboélice Textron AT-6 Wolverine. Vantagem para o A-29, adotado em
13 países, com 320 mil horas de voo — 40 mil horas de combate, em
cenários intensos como os da Colômbia e do Afeganistão. O AT-6 nunca
lutou. O teste envolverá 70 pessoas, quatro aviões, armamento e, de
acordo com um relatório do Air Combat Command, talvez não saia por menos
de US$ 100 milhões.
Na primeira fase, encerrada em setembro, havia dois outros modelos em
análise, o jato Scorpion, descartado por não poder utilizar pistas não
pavimentadas, e o AT-802L, variante armada de um avião agrícola que não
tem assentos ejetáveis. Quando o estudo virar programa, a encomenda, em
etapas, vai abranger um amplo pacote de apoio — simuladores,
componentes, kits de adaptação para acessórios digitais e suporte
técnico. O governo americano condiciona as suas compras militares à
fabricação dos produtos no país. A Embraer Defesa e Segurança (EDS),
associada ao grupo Sierra Nevada Company, mantém um parque industrial em
Jacksonville, na Flórida.
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