Novo terremoto atinge o México e deixa pelo menos 120 mortos
Um terremoto de magnitude 7,1 graus na escala Richter foi registrado na
Cidade do México e mais quatro Estados na tarde de terça-feira
(19.set.2017), doze dias após o país passar por um tremor que deixou 98
mortos.
A nova tragédia coincide com dia em que se completam 32 anos do sismo de
1985, com pelo menos 10 mil mortos. Duas horas antes do abalo de terça,
o país havia feito uma simulação de retirada para lembrar o
aniversário.
Segundo o Serviço Sismológico Nacional, o terremoto ocorreu às 13h14
locais (15h14 em Brasília) e seu epicentro foi a 12 km de Axochiapan, no
Estado de Morelos, a 125 km da capital mexicana, a 57 km de
profundidade.
O fenômeno sacudiu edifícios e causou pânico, levando as pessoas a correr para as ruas.
O terremoto levou pessoas à morte em Puebla, local do epicentro. No
Estado do México, mais populoso do país, com 16 milhões de pessoas, e na
Cidade do México, que tem 8,9 milhões de habitantes.
O chefe de governo da capital, Miguel Ángel Mancera, disse que pelo
menos 49 prédios foram destruídos. Bombeiros, membros da Defesa Civil e
moradores voluntários buscavam possíveis pessoas presas nos escombros
das construções.
O abalo causou cortes no fornecimento de energia, vazamento de gás,
interrupção no serviço de telefonia e a suspensão do funcionamento do
metrô.
As regiões mais afetadas foram o centro e a zona sul. A Defesa Civil
pediu que os moradores da cidade contribuam para os resgates com
ferramentas, remédios, comida e água e irem aos hospitais para doarem
sangues.
Apesar da intensidade, o transporte público foi levemente afetado. Às
17h, apenas duas estações das 12 linhas do metrô não funcionavam. As
autoridades liberaram as catracas de acesso aos trens e ao BRT da
capital mexicana.
O tremor também derrubou pontes, viadutos e passarelas e abriu uma fenda
no acesso ao terminal 2 do Aeroporto Internacional Benito Juárez, que
já havia sido danificado no terremoto de magnitude 8,1 no último dia 7.
O terminal aéreo foi fechado por quatro horas para avaliações, mas há ao
menos cem voos atrasados e mais de 50 desviados para o aeroporto de
Toluca, no Estado do México. Voos ao Brasil não foram afetados até o
momento.
No momento do terremoto, o presidente Enrique Peña Nieto estava a
caminho de Oaxaca, Estado mais afetado pelo abalo do dia 7. Em
entrevista, ele disse que enviará à região central as equipes que
atuavam no sudoeste.
"Ativamos todas as áreas da administração e trazendo de volta
funcionários que estavam em Oaxaca e Chiapas. Não estamos retirando a
assistência a eles, mas agora a região central do país vive uma situação
de emergência."
O tremor ocorre menos de 15 dias depois de um terremoto de 8,1 graus que
deixou 98 mortos e afetou principalmente os Estados de Chiapas e
Oaxaca, regiões pobres do país.
O governo concentrava seus esforços na reconstrução. De acordo com
estimativas da Defesa Civil, pelo menos 50 mil casas no Estado de
Chiapas foram afetadas pelo terremoto do início deste mês — sendo que 16
mil delas desabaram.
Segundo o Itamaraty, até o momento não há brasileiros entre as vítimas.
Residentes no México que precisem de auxílio podem entrar em contato
pelos telefones de emergência do consulado-geral do Brasil no México: 0
44 55 3455-3991 (da Cidade do México), 01 55 3455-3991 (do interior do
México) ou (00xx) 52 1 55 3455-3991 (a partir do Brasil). O Núcleo de
Assistência a Brasileiros do Itamaraty, em Brasília, poderá ser acionado
pelo e-mail dac@itamaraty.gov.br e também pelos telefones +55 61 2030
8803/8804 (das 8h às 20h) e + 55 61-98197-2284 (Plantão Consular, das
20h às 8h).
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