Especialistas preveem mais demissões no mercado de trabalho ao longo de 2015
Para estudiosos, país precisa gerar 1,8 milhão de empregos por ano
Na visão de especialistas, a taxa de desemprego deverá subir de forma
mais significativa nos próximos meses. O país precisa gerar 1,8 milhão
de postos de trabalho por ano para absorver a População Economicamente
Ativa (PEA, que representa a força de trabalho) e está perdendo
empregos, disse o ex-diretor do Departamento de Emprego e Salário do
Ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly.
Segundo ele, as mudanças nas regras do seguro-desemprego vão prejudicar
ainda mais os trabalhadores de setores com ciclo de atividade mais
curto, como construção civil e comércio.
O economista Rafael Bacciotti, da Consultoria Tendências, também prevê
que as demissões cresçam no país, diante da retração da atividade
econômica em 2015. Ele observou que o Caged ainda vai mostrar de forma
mais intensa os efeitos da Operação Lava-Jato no mercado de trabalho.
— A perspectiva de contração de atividade indica que o processo de
demissões no Caged continuará ocorrendo ao longo do ano, inclusive
captando os efeitos negativos da operação Lava Jato — destacou
Bacciotti.
Na quarta-feira (18.mar.2015), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
informou que o mês de fevereiro foi o pior em ritmo de criação de
empregos formais no país em 16 anos, segundo balanço do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged).
No mês passado, foram fechados 2.415 postos de trabalhos formais no
país. No ano passado, para o mesmo mês, haviam sido criadas 260 mil
novas vagas. O resultado é o pior, em meses de fevereiro, desde 1999,
quando foram fechadas 78 mil vagas, na esteira da crise internacional
que teve início em 1998.
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