Copiloto derrubou avião na França, segundo promotor
Promotor de Justiça de Marselha, Brice Robin, afirmou nesta quinta-feira (26.mar.2015) que o copiloto Andreas Lubitz, 28, deliberadamente derrubou o Airbus A320 da Germanwings com 150 pessoas a bordo na terça-feira (24.mar.2015).
Segundo Robin, Lubitz impediu de forma voluntária o retorno do piloto à cabine e operou intencionalmente para chocar o avião contra os Alpes franceses.
As informações foram obtidas por meio das gravações de áudio da caixa-preta encontrada em meio aos destroços na terça-feira (24.mar.2015).
As portas do Airbus A320 são blindadas e protegidas por senha, a ser
digitada em teclado alfanumérico. Quem está do lado de fora não consegue
entrar, a não ser com autorização de quem esteja na cabine.
Passageiros gritaram antes da queda de avião na França, mostra áudio
Os passageiros do voo 9525, que caiu nos Alpes franceses, gritaram
desesperadamente segundos antes da aeronave colidir contra as montanhas,
disse o promotor de Marselha, Brice Robin.
Segundo Brice, a queda do Airbus A320 da Germanwings foi deliberadamente provocada pelo copiloto alemão de 28 anos.
O copiloto, Andreas Lubitz, manteve o piloto trancado para fora da cabine enquanto "adotou um ato voluntário" para derrubar o avião, disse o promotor.
De acordo com o promotor, o copiloto ficou sozinho na cabine nos últimos
dez minutos do voo, antes do choque fatal contra a montanha.
A análise da caixa-preta contendo os últimos 30 minutos de conversas na
cabine revelou que, durante 20 minutos, comandante e copiloto conversam
normalmente.
Depois, o comandante de bordo prepara o briefing de aterrissagem em
Düsseldorf e troca informações com o copiloto, que passa a responder de
forma lacônica.
Em seguida, ouve-se um ruído de cadeira e o comandante deixa a cabine.
Quando fica sozinho, o copiloto começa a descer o avião, diz Robin.
Quando percebe a perda de altitude, o comandante faz vários apelos para que o copiloto abra a porta, mas ele não responde.
Pela gravação, ouve-se perfeitamente a respiração de Lubitz e ela é
normal, segundo o procurador. "Não é de uma pessoa passando mal, de
alguém que está sofrendo um infarto", afirmou.
Nos últimos minutos, ouvem-se pessoas dando socos na porta da cabine,
tentando desesperadamente abrir a porta, que é blindada. Segundo o
procurador, as vozes eram do comandante e de um membro da tripulação.
Em nenhum momento houve resposta. Os gritos dos passageiros só são
ouvidos alguns instantes antes do choque fatal. O Airbus A320 se
espatifou contra a montanha a 750 km/h.
O alemão Lubitz havia sido aprovado em todos os testes físicos e técnicos e estava "100% apto" para voar, segundo o diretor executivo da Lufthansa, Carsten Spohr.
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