quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015


Jordânia executa terrorista iraquiana Sadija al-Rishawi
Em retaliação à morte do piloto Moutah al-Kasaesbeh, queimado pelo EI, 
governo ordenou o enforcamento da militante

Sajida al-Rishawi, de 46 anos, estava presa na Jordânia
por sua participação em atentado que matou 60 em 2005.

A Jordânia executou por enforcamento a jihadista iraquiana Sajida al-Rishawi, nas primeiras horas desta quarta-feira (04.fev.2015). A execução da militante veio como resposta à morte do piloto jordaniano Moutah al-Kasaesbeh, queimado vivo pelo grupo terrorista Estado Islâmico na terça-feira (03.fev.2015).
Sajida al-Rishawi, de 44 anos, foi condenada à morte em setembro de 2006 por participação em um atentado terrorista em Ammán, em 2005. Outro terrorista, Ziyad Karboli, da al-Qaeda, também foi executado.
Segundo fontes do governo jordaniano, a iraquiana seria trocada por al-Kasaesbeh. Com a morte do piloto, o exército da Jordânia prometeu vingança contra o grupo jihadista.
O rei jordaniano Abdullah II considerou como covarde a morte do piloto e pediu que todos os cidadãos do país se unissem.
— Este foi um ato terrorista covarde de um grupo de criminosos sem relação com o Islã. Todos os cidadãos jordanianos devem permanecer unidos — disse Abdullah II, antes de encontrar com o presidente americano Baracak Obama, na Casa Branca.
Em Washington, Obama comentou a morte de al-Kassasbeh, e criticou a violência do grupo extremista.
— A dedicação, o valor e o serviço do tenente Al-Kassasbeh a seu país e sua família representam valores humanos universais que ressaltam por contraste a covardia e depravação do Estado Islâmico, que foram rechaçadas ao redor do mundo. Teremos que redobrar a vigilância para ter certeza de que ele sejam grandemente derrotados, independente de sua ideologia — afirmou o presidente americano. — Foi mais uma demonstração da crueldade e da barbárie deste grupo, interessado apenas em morte e destruição.
Obama se reuniu no início da noite com o rei jordaniano Abdullah II, que conversou com o vice-presidente americano Joe Biden e o secretário americano de Estado, John Kerry, durante a tarde de terça-feira (03.fev.2015).
— Hoje estamos ao lado do povo da Jordânia no lamento pela morte de um de seus cidadãos — afirmou o presidente, reafirmando sua intenção de oferecer US$ 3 bilhões em apoio à segurança do país. — Nesse momento de dor mútua, devemos nos manter unidos em respeito a seu sacrifício para combater essa ameaça.
O secretário-geral da Nações Unidas, Ban Ki-moon condenou o assassinato do piloto, afirmando que o Estado islâmico é “uma organização terrorista sem respeito pela vida humana”, e pedindo a governos que “amplifiquem seus esforços para combater o flagelo do terrorismo e do extremismo religioso”.

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