Explosão em plataforma da Petrobras
deixa 3 mortos no Espírito Santo
Uma explosão no navio plataforma da Petrobras FPSO Cidade de São Mateus
deixou pelo menos três trabalhadores mortos, quatro feridos e outros
desaparecidos no litoral capixaba nesta quarta-feira (11.fev.2015),
informou o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo.
A Petrobras não se manifestou imediatamente sobre o assunto.
Cerca de 30 funcionários foram retirados da plataforma em um barco de apoio, disse o diretor do Sindipetro ES, Davidson Lombo.
Segundo ele, a explosão foi causada por um vazamento de gás.
A FPSO operava nos campos de Camarupim e Camarupim Norte, a cerca de 80 quilômetros da capital do Estado, Vitória.
Segundo a Secretaria de Saúde do Espírito Santo, foi acionado esquema para receber feridos no aeroporto de Vitória. Em nota, a Secretaria da Saúde informou que, até as 17h, "dez pacientes
foram transferidos, sendo duas vítimas de queimaduras graves e oito
vítimas de trauma". Os feridos estão sendo transportados de helicóptero
para a capital do estado, onde serão encaminhados de ambulância para
hospitais da Grande Vitória. Nove ambulâncias — duas com UTIs — foram
mobilizadas para o transporte dos feridos a partir do aeroporto.
"A plataforma está sem comunicação. Estamos fazendo contato por meio da
plataforma Vitória (próxima ao local do acidente)", disse o diretor do
Departamento de Segurança da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José
Maria Rangel.
A FPSO produziu em média 2,5 milhões de metros cúbicos de gás natural
por dia e 2 mil barris de petróleo por dia em dezembro, segundo Rangel.
A unidade, que armazena e produz petróleo e gás, é de propriedade da
afretadora de plataformas norueguesa BW Offshore e tem foco maior na
produção de gás.
Considerando a informação de produção relatada pelo sindicalista, a
unidade produziu mais de 3% da produção de gás da Petrobras em dezembro,
que atingiu ao todo naquele mês 73,5 milhões de metros cúbicos/dia.
No caso da produção de petróleo, o volume produzido pela FPSO é ínfimo
perto do total produzido pela Petrobras em dezembro, de mais de 2
milhões de barris/dia.
A FPSO tem capacidade de armazenagem de 700 mil barris, segundo ficha técnica publicada pela BW Offshore.
Os principais acidentes da Petrobras
A Petrobras tem um histórico de acidentes com mortes e feridos em
navios-plataformas e refinarias da companhia. A explosão da plataforma
P-36 na Bacia de Campos, em 2001, com onze mortos, é o mais trágico da
empresa, mas uma série de outros acidentes ocorreram ao longo dos anos.
15 de março de 2001 - Duas explosões durante a madrugada afetaram uma das colunas da plataforma P-36, da Bacia de Campos. Na hora do acidente, havia 175 pessoas a bordo, das quais 11 morreram.
Os mortos eram todos integrantes da equipe de emergência. O acidente
acabou por provocar uma inclinação de 16 graus na plataforma, devido ao
alagamento de parte de seu compartimento após a explosão.
18 de janeiro de 2015 - Uma explosão na refinaria Landulpho Alves da Petrobras deixou três pessoas feridas.
21 de agosto de 2014 - O funcionário da Petrobras Antônio Rafael
Santana morreu por queimaduras na refinaria Renam, em Manaus. Ele fazia
inspeção numa bomba defeituosa quando gases de um tanque de resíduos de
água e óleo pegarem fogo. Ele inspecionava uma bomba defeituosa no
momento do acidente, segundo informações da FUP. Antônio ficou ficou
internado por quatro dias, mas não resistiu aos ferimentos.
1 de junho de 2014 - A plataforma Namorado 1 (PNA-1), na Bacia de Campos, no Norte Fluminense, teve um incêndio que feriu seis trabalhadores.
26 de fevereiro de 2008 - Um acidente com um helicóptero que
transportava funcionários da plataforma P-18, na Bacia de Campos, caiu e
matou quatro pessoas.
15 de julho de 2003 - Um helicóptero que prestava serviços para a
Petrobras caiu na Bacia de Campos e resultou na morte de cinco pessoas.
A aeronave chocou-se contra o mastro do navio Toisa Mariner ao tentar
pousar no heliponto da embarcação, a cerca de 20 metros de altitude e a
60 quilômetros da costa. Após o choque, o helicóptero rodopiou,
explodiu, caiu no mar e afundou em segundos.
16 de agosto de 1984 - Um incêndio na plataforma Anchova, na Bacia de Campos, matou 37 trabalhadores.
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