Imagens de vítimas do ataque ao mercado
Hyper Cacher são divulgadas
Philip Braham, um dos reféns, roubou uma das armas do terrorista, mas acabou morto por ele
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Vítimas do sequestro ao mercado Hyper Casher, em Paris: Yohan Cohen (esquerda), Yoav Hattab (centro) e Philip Braham (direita) |
PARIS - Foram divulgadas as primeiras fotos de três dos quatro reféns
mortos no mercado de produtos kosher Hyper Cacher, na sexta-feira
(09.jan.2015), em Paris.
As imagens são de Yohan Cohen, de 22 anos, Yoav Hattab, 21, e Philip
Braham, na casa dos quarenta anos. As vítimas foram identificadas 24
horas depois do fim do sequestro na mercearia de Porte de Vincennes, em
Paris, quando policiais armados invadiram o local e mataram o atirador,
Amedy Coulibaly, de 32 anos, que tentava fugir.
François-Michel Saada, que devia ter cerca de sessenta anos, também foi
assassinado no ataque, segundo a organização judaica Crif (Conselho de
Representantes das Instituições Judaicas da França).
PHILIP BRAHAM
Braham era um professor que vivia com sua mulher, Valerie, e seus três
filhos, em uma cidade tranquila chamada L’Hay-les-Roses, ao sul de
Paris.
Um vizinho entrevistado pelo jornal “Daily Mail” o descreveu como “um homem bom”.
— Ele sempre dizia “olá”, sempre foi muito educado. Sua família é muito
agradável e tranquila. Ele não costumava falar muito, mas era um bom
homem — comentou o vizinho. — É uma notícia muito triste.
Braham conseguir roubar uma das armas do sequestrador e tentou atirar
nele, mas, ao apertar o gatilho, descobriu que a arma estava emperrada e
acabou sendo morto pelo atirador. O episódio foi revelado por um dos
sobreviventes que escapou da mercearia quando os policiais a invadiram.
Mickael B estava sendo feito de refém na loja, com seu filho de três
anos, quando Braham pegou uma arma que estava sobre um balcão e mirou no
terrorista. Foi então que ele percebeu que a arma havia sido deixada
para trás porque estava com defeito. O professor foi morto pelo
terrorista neste momento.
YOHAN COHEN
Cohen era um residente do subúrbio parisiense de Sarcelles, conhecido
como a Pequena Jerusalém, por conta de sua enorme população judaica.
O vice-prefeito do bairro onde ele morava, Francois Pupponi, disse que a família do jovem está devastada.
— Ele era um bom garoto. Eu o conhecia de vista. Essa tragédia afeta
toda a cidade e a comunidade judaica — comentou Pupponi também ao “Daily
Mail”.
No Facebook, amigos descreveram o jovem, que trabalhava no mercado
kosher, como um rapaz forte, inteligente e dono de um “coração de ouro”,
bem como uma pessoa calma que raramente ficava irritada e que “sempre
tinha um sorriso no rosto”.
Uma testemunha, que não identificou Cohen pelo nome, disse à rede
francesa “BFM-TV” que uma das vítimas levou um tiro na cabeça depois de
tentar lutar com o atirador. Outros depoimentos também caracterizaram
Cohen como um refém que tentou confrontar o terrorista.
YOAV HATTAB
Já a imagem do tunisiano Yoav Hattab se tornou pública depois que seu
irmão ligou para uma rádio local e, depois, divulgou a fotografia do
jovem.
Hattab foi identificado, pela mídia local, como o filho do rabino-chefe
da Tunísia. Uma foto em sua página no Facebook mostra-o ao lado de um
homem muito parecido com o rabino Haim Bittan, embora a ligação entre os
dois ainda não tenha sido confirmada.
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