Segundo debate dos Presidenciáveis em
TV aberta
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Empatadas, Dilma e Marina polarizam 2º debate na TV
Em terceiro lugar nas pesquisas, Aécio Neves (PSDB) direcionou a artilharia contra Dilma, que, assumidamente nervosa, respondeu com agressividade
Em terceiro lugar nas pesquisas, Aécio Neves (PSDB) direcionou a artilharia contra Dilma, que, assumidamente nervosa, respondeu com agressividade
O resultado da última pesquisa Datafolha, que mostrou empate entre Dilma
Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), mudou a dinâmica do segundo debate
entre os candidatos à Presidência da República na televisão nesta
segunda-feira, 1º de setembro. Assumidamente nervosa, Dilma deixou clara
a nova estratégia de sua campanha em centrar fogo em Marina – que
aderiu à polarização.
"Frases de efeito e frases genéricas. Quando você é presidente, precisa
se explicar, não basta dizer que vai fazer uma lista de coisas sem dizer
de onde virá o dinheiro", disse Dilma para Marina no debate promovido
pelo jornal Folha de S. Paulo, SBT, UOL e Rádio Jovem Pan. Desde o
primeiro bloco, a tática de Dilma foi partir para um duelo direto com
Marina, tentando transmitir a ideia de que o tucano Aécio Neves, em
terceiro lugar nas pesquisas, está fora do jogo.
O nervosismo confesso – logo na sua primeira pergunta, Dilma fez questão
de dizer que estava nervosa – acentuou a dificuldade da petista diante
do microfone e deu tom agressivo a diversas falas. Irritada com uma
pergunta de Aécio sobre segurança pública, Dilma disse – duas vezes numa
mesma resposta – que ele "tinha a memória fraca". Quando teve
oportunidade de escolher a quem dirigir suas perguntas, a petista optou
por Marina – mas sempre se dirigindo à rival como "candidata", sem
chamá-la pelo nome. "Os jornais têm noticiado que a senhora pretende
reduzir a importância do pré-sal. Por que o desprezo com esse recurso
tão importante para o Brasil?". Marina reagiu: "No seu governo, o maior
perigo para o pré-sal é o que foi feito com a Petrobras (...) Empresa
que paga caro pelas escolhas que fez". Dilma também alfinetou a
candidata do PSB ao afirmar que "sem o apoio no Congresso, não é
possível garantir um governo estável e sem crise institucional".
A exemplo do debate anterior, na TV Bandeirantes, Marina questionou
Dilma sobre "o que deu errado em seu governo". "A presidente Dilma tem
muita dificuldade em reconhecer os erros do seu governo. Nós defendemos
sim a autonomia do Banco Central porque esse governo, com atitudes
erráticas, não ajuda a resolver os problemas", disse. Marina também
repetiu a tática de elogiar nominalmente os ex-presidentes Fernando
Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. "Teremos uma atitude de
reconhecer os ganhos históricos da realidade brasileira, infelizmente
negligenciada por Dilma, com a inflação crescente, juros elevados e sem
estabilidade fiscal. Vamos recuperar o tripé econômico, manter a
política econômica de Fernando Henrique Cardoso e as conquistas sociais
de Lula. Os programas correm risco com Dilma no governo. Vamos parar de
fulanizar as conquistas brasileiras."
Aécio manteve a linha de atacar Dilma. "O ativo mais valioso da política
é o tempo. O governo do PT perdeu um longo período que poderia fazer
investimentos". As críticas contra Marina só apareceram na fala final:
do tucano "Ficou claro que temos dois campos políticos, o do governismo,
que recebeu o governo melhor do que vai entregar, e o das mudanças, com
várias alternativas. Respeito a candidata Marina, mas ela não consegue
superar as contradições em seu projeto. Eu sou o candidato que
representa a mudança segura, em que se sabe onde ela vai nos levar".
Veja a íntegra do debate:
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