Patrão que não assinar carteira de doméstica será multado em R$ 805
Lei entra em vigor nesta quinta-feira; ONG criadora do projeto
defende multas ainda maiores: acima dos R$ 2,5 mil
defende multas ainda maiores: acima dos R$ 2,5 mil
A partir desta quinta-feira, dia 7 de agosto, o patrão que não assinar a
carteira de trabalho de empregados domésticos poderá ser multado em R$
805,06. A lei, baseada em proposta da ONG Doméstica Legal e independente
da PEC das Domésticas, passa a valer 120 dias após a assinatura da
presidente Dilma Rousseff, em abril deste ano.
Essas quantias, no entanto, podem variar. Se o empregador optar
espontaneamente por assinar a carteira após o início do processo na
Justiça, a punição cai pela metade. Por outro lado, a depender do
período de contratação irregular, a multa pode subir.
Atualmente, 70% da categoria atua na informalidade, de acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o
presidente da ONG Doméstica Legal, Mario Avelino, as multas forçarão a
formalização de até 15% desses 2,5 milhões de domésticos sem carteira
assinada.
A advogada Patrícia Correa Gebara, do escritório Moraes Navarro &
Correa Gebara, recomenda a esses trabalhadores em situação irregular que
recorram ao Ministério Público do Trabalho (MPT) ou aos sindicatos da
categoria. A primeira opção tende a acelerar o processo de fiscalização.
Auditores do Ministério do Trabalho serão responsáveis por fiscalizar o
cumprimento da lei. Mas só poderão entrar em residências se autorizados
pelos moradores ou em cumprimento de determinações judiciais. Patrões
acusados de não assinar as carteiras poderão ser convocados a esclarecer
a situação.
Divergências de valores. No entendimento de Avelino, da ONG Doméstica
Legal, os patrões estão sujeitos a multas ainda maiores, de até R$
2.541,93.
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