domingo, 3 de agosto de 2014


Médico infectado pelo ebola chega aos EUA
Kent Brantly é o primeiro paciente com a doença que pisa em território americano. Ele contraiu o vírus durante trabalho voluntário na Libéria

Imagem mostra o médico americano Kent Brantly na Libéria.
Ele contraiu o ebola enquanto realizava trabalho voluntário no país

Um dos dois médicos americanos infectados pelo vírus ebola chegou a Atlanta, nos Estados Unidos, onde deverá ser tratado em uma unidade de isolamento sofisticada do Hospital Universitário Emory. Essa é a primeira vez em que o país recebe um paciente com a doença.
Kent Brantly e a médica Nancy Writebol contraíram e ebola enquanto trabalhavam como voluntários em um hospital na Libéria, um dos três países da África Ocidental atingidos pelo maior surto da doença na história. Nancy também deverá ser levada ao Hospital Universitário Emory – a previsão é a de que ela chegue aos Estados Unidos nos próximos dias.
Brantly viajou em um jato privado equipado com uma tenda portátil especialmente projetada para pacientes com doenças altamente infecciosas. A unidade de isolamento do Hospital Universitário Emory foi aberta há doze anos para tratar de funcionários federais do setor de saúde expostos às moléstias mais perigosas do mundo.
Em comunicado, o hospital afirmou que Brantly está isolado de outros pacientes e será tratado com equipamentos e em infraestrutura únicos. A instituição descartou que exista risco de contágio em massa com a chegada dos pacientes infectados.
Surto — Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a atual epidemia de ebola já causou mais de 1.300 infecções e 729 mortes desde março no oeste africano. Não há cura para a doença, e a sua taxa de mortalidade pode chegar a 90%.
A OMS considera baixo o risco de um turista contrair o ebola em países endêmicos, já que a doença é contraída a partir do contato com fluidos corporais (como sangue e urina) do doente, e não pelo ar, por exemplo.


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