Petrobrás está sob pressão
para elevar produção
Com alto endividamento, sem capitalização ou reajuste de preços, a
Petrobrás enfrenta seu momento de maior pressão por ganhos de produção,
tida como a única saída para aliviar seu caixa. A meta repetida como um
mantra dentro da empresa é crescer 7,5% neste ano. Passado cinco meses,
contudo, a média não passa de 0,1% no período. Mantido o ritmo, a
Petrobrás só alcançaria o volume projetado - e imprescindível para seu
plano de negócios - em 2019.
A queda nos últimos anos decorre de paradas de manutenção das
plataformas, associada a um declínio nos campos maduros acima do
previsto pela empresa. A situação é mais crítica na Bacia de Campos, que
responde por 80% da produção do País. Segundo o diretor de exploração e
produção da companhia, José Formigli, o declínio chega a 200 mil barris
por dia, em média.
Na opinião do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), Edmar de Almeida, a empresa foi "negligente" com as áreas
maduras ao não prever a real dimensão da queda na produtividade. Almeida
avalia que crescer é "factível", mas não é a principal questão da
empresa. "O que alivia o caixa é reajuste. Antes das eleições, isso
dificilmente vai acontecer, mas depois, o governo deve discutir o
alinhamento. Desde 2011, os preços aqui se distanciam do valor
internacional."
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