segunda-feira, 7 de julho de 2014


Petrobrás está sob pressão 
para elevar produção


Com alto endividamento, sem capitalização ou reajuste de preços, a Petrobrás enfrenta seu momento de maior pressão por ganhos de produção, tida como a única saída para aliviar seu caixa. A meta repetida como um mantra dentro da empresa é crescer 7,5% neste ano. Passado cinco meses, contudo, a média não passa de 0,1% no período. Mantido o ritmo, a Petrobrás só alcançaria o volume projetado - e imprescindível para seu plano de negócios - em 2019.
A queda nos últimos anos decorre de paradas de manutenção das plataformas, associada a um declínio nos campos maduros acima do previsto pela empresa. A situação é mais crítica na Bacia de Campos, que responde por 80% da produção do País. Segundo o diretor de exploração e produção da companhia, José Formigli, o declínio chega a 200 mil barris por dia, em média.
Na opinião do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmar de Almeida, a empresa foi "negligente" com as áreas maduras ao não prever a real dimensão da queda na produtividade. Almeida avalia que crescer é "factível", mas não é a principal questão da empresa. "O que alivia o caixa é reajuste. Antes das eleições, isso dificilmente vai acontecer, mas depois, o governo deve discutir o alinhamento. Desde 2011, os preços aqui se distanciam do valor internacional."

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