Importação de gasolina pelo Brasil
cai 45% no 1º semestre
As importações de gasolina pelo país caíram 45% no primeiro semestre
deste ano, frente ao mesmo período de 2013, segundo dados do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), apesar do
crescimento de 8,8% da demanda nos postos pelo combustível até maio.
Até junho, o país importou 975,3 mil toneladas de gasolina, de acordo
com o ministério, enquanto no mesmo período do ano passado o volume
somou 1,78 milhão de toneladas.
Um dos fatores para a queda acentuada nas importações é o maior uso de
etanol, tanto pelo aumento da mistura do biocombustível na gasolina, de
20 para 25% (a partir de maio de 2013), quanto pelo maior consumo de
álcool hidratado pelos carros flex.
"O efeito do aumento da mistura do álcool na gasolina nas importações da
Petrobras é muito grande", afirmou à Reuters o diretor de Regulação e
Abastecimento do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de
Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Luciano Libório.
A Petrobras também tem otimizado o uso de seu parque de refino, obtendo
recorde de processamento de petróleo em junho, segundo informou em nota a
empresa no início de julho.
A carga média processada em junho pela Petrobras foi de 2,172 milhões de
barris de petróleo por dia (bpd), alta de 21 mil bpd sobre o recorde
mensal anterior, registrado em março de 2014, contribuindo para a
redução das importações de derivados.
Procurada para falar especificamente da queda nas importações de gasolina, a empresa não comentou imediatamente o assunto.
A redução das compras externas é positiva para o caixa da Petrobras, já
que a empresa vende derivados no mercado interno a preços inferiores aos
que são praticados no exterior, como parte das políticas de controle da
inflação do governo federal.
Libório destacou que, também por isso, torna-se desfavorável para outras
companhias importarem gasolina para o Brasil --o ministério não divulga
dados de importação por empresas.
As vendas de gasolina C das distribuidoras, comercializada nos postos
com adição de etanol anidro, tiveram crescimento de 8,8% nos primeiros
cinco meses do ano em relação ao mesmo período de 2013, segundo os
últimos dados fornecidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis).
As vendas de etanol hidratado, que abastece veículos flex, também apresentou crescimento no acumulado até maio, de 15,4%.
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