Emprego na indústria brasileira cai
pelo segundo mês seguido
O emprego na indústria caiu 0,7% em maio, na comparação com o mês
anterior. É a segunda queda do indicador, que já havia recuado 0,4% na
passagem de março para abril. O dado foi divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Industrial
Mensal – Emprego e Salário (Pimes).
Na comparação com maio de 2013, a queda do pessoal ocupado na indústria
foi ainda maior: 2,6%. Houve baixa no emprego industrial em 13 dos 14
locais pesquisados pelo IBGE, com destaque para São Paulo (-3,7%), Rio
Grande do Sul (-3,8%), Paraná (-4,0%) e Minas Gerais (-2,1%).
Entre os 18 ramos da indústria pesquisados pelo IBGE, 15 reduziram
percentual de pessoal ocupado na comparação de maio deste ano com o
mesmo período do ano passado. Os principais recuos foram observados nos
segmentos de produtos de metal (-7,4%), calçados e couro (-7,9%), meios
de transporte (-4,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de
comunicações (-6,1%).
O emprego na indústria acumula quedas de 2,2%, no ano, e de 1,7%, em 12
meses. De acordo com a pesquisa do IBGE, também houve recuo (0,8%) na
quantidade de horas pagas, de abril para maio deste ano. Em relação a
maio de 2013, a queda foi 3,3%; no acumulado do ano, 2,7%, e em 12
meses, 2%.
Por outro lado, a folha de pagamento real da indústria cresceu 1,9% de
abril para maio. Na comparação de maio deste ano com o mesmo período do
ano passado, o crescimento foi 1,4%. As altas acumuladas na folha de
pagamento são 1,7%, no ano, e 0,9%, em 12 meses.
Já se pode falar em viés de baixa. A queda da produção industrial
empurrou o PIB para baixo, mas não vinha sendo acompanhada por
desemprego.
Será inevitável que com a economia desacelerando há bastante tempo,
também o desemprego comece a atingir outros setores, como o varejo. As
vendas deste tipo de comércio estão em queda livre.
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