Egito propõe cessar-fogo em Gaza
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Vista da fronteira israelense sul de Gaza mostra foguetes israelenses em enclave palestino |
O Egito propôs uma iniciativa para acabar com o conflito na Faixa de
Gaza, pedindo a israelenses e palestinos que parem com as hostilidades
na terça-feira, 15 de julho, às 06h00 GMT (03h00 de Brasília).
O Cairo propôs este cessar-fogo pouco antes do início de uma reunião
entre os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe, convocada em
caráter de urgência para discutir a ofensiva israelense que matou mais
de 180 palestinos em sete dias na Faixa de Gaza.
O anúncio foi feito na véspera da chegada ao Cairo do secretário de
Estado americano, John Kerry, que intensificou nos últimos meses os
encontros com palestinos e israelenses.
A iniciativa egípcia prevê uma "parada total das hostilidades aéreas,
marítimas, ou terrestres" das duas partes, a partir das 03h00 (horário
de Brasília) de terça-feira, 15 de julho, e a abertura de negociações
sobre a entrada de bens no território palestino sob bloqueio.
O Egito se predispôs a receber, por 48 horas - após a entrada em vigor
da trégua -, delegações palestinas e israelenses de alto nível para
abrir as discussões em seu território. Os ataques aéreos israelenses na
Faixa de Gaza deixaram 184 mortos e 1.287 feridos em sete dias, de
acordo com um último registro dos serviços de emergência. Esse total
ultrapassa o da ofensiva de novembro de 2012.
A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em
inglês) alertou para a elevada proporção de menores entre as vítimas.
Enquanto isso, centenas de foguetes disparados de Gaza deixaram quatro
pessoas gravemente feridas em Israel.
O Egito, que sob a presidência do islamita Mohamed Mursi negociou o fim
das hostilidades em 2012, disse estar em contato com Israel e com o
Hamas, mas se queixou da "teimosia" dos protagonistas.
Mais cedo, o Hamas declarou que aceitará um cessar-fogo, se Israel
suspender seus bombardeios na Faixa de Gaza, libertar prisioneiros e
acabar com o bloqueio ao território palestino. Já Israel descartou a
possibilidade de cancelar as operações enquanto o Hamas continuar a
lançar seus foguetes contra sua população.
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