quarta-feira, 5 de setembro de 2012


Patrocínio Mensaleiro

Henrique  Pizzolato
O mensalão não é o único problema do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Condenado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que já o colocou na antessala da prisão, o petista também está sendo investigado por outras irregularidades ocorridas no período em que ocupou o cargo. Um inquérito da Polícia Federal apura as responsabilidades pelos repasses ilegais que o Banco do Brasil fez para competições esportivas organizadas pela agência de marketing Koch Tavares. Em cinco anos, o banco remeteu à empresa mais de 20 milhões de reais para patrocinar competições de tênis, vôlei e futebol de areia. Eventos que contaram com a participação de astros do esporte, como Gustavo Kuerten, o maior tenista da história do Brasil. A polícia já descobriu que uma parte desse dinheiro não chegou ao destino. Assim como no mensalão, sumiu. Assim como no mensalão, simulou-se a realização de serviços que nunca existiram. Assim como no mensalão, há suspeitas de que os recursos foram desviados para os bolsos de pessoas e empresas ligadas ao PT.
O departamento de marketing patrocinou, por exemplo, o Desafio de Vôlei de Praia da Bahia. Pagou 350.000 reais. E quem ganhou o desafio? Ninguém, porque ele nem sequer foi realizado. As fraudes são variadas. Há casos de torneios patrocinados pelo banco que foram efetivamente realizados, mas que não contaram com uma única placa de patrocínio. E há os casos em que houve o torneio e o patrocínio, mas os preços contratados estavam muito acima dos de mercado. A polícia já sabe que havia uma relação íntima entre a turma de Henrique Pizzolato e as empresas beneficiadas com os contratos. Assim que estourou o escândalo do mensalão, José Augusto Gonçalves, subordinado a Pizzolato, deixou o banco e foi contratado por uma subsidiária do grupo Koch Tavares. Hoje, ele é diretor comercial da empresa na qual despejou milhões de reais. Desde que minguaram os patrocínios oficiais, porém, a agência passa por dificuldades. Trocou sua sede em São Paulo, despediu funcionários e responde a vários processos trabalhistas.


PS:  Sindicatos dos Bancários nunca denunciaram a corrupção no Banco do Brasil. Ninguém consegue entender como é que os bravos sindicatos dos bancários amarelaram durante tantos anos, sem perceber e denunciar a sangria corrupta que vampirizou os cofres do Banco do Brasil.


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