terça-feira, 21 de agosto de 2012


Obama cancelou três ataques a Bin Laden, diz livro

Obama e assessores observam fuzileiros americanos dentro do
complexo residencial onde morava Bin Laden em Abbotobad,
Paquistão, em maio de 2011.

O presidente Barack Obama cancelou três operações para matar Osama bin Laden e só autorizou a missão por insistência da secretária de Estado, Hillary Clinton, noticiou o jornal britânico Daily Mail, que mostra revelações do livro "Leading from Behind: The Reluctant President and the Advisors Who Decide for Him" ("Liderando pelos bastidores - o presidente relutante e os conselheiros que decidem por ele"), do jornalista Richard Miniter. A reportagem não especifica quando foram as outras ocasiões em que Obama desistiu de ordenar a ação. De acordo com o diário, o livro retrata o presidente como indeciso e insinua que ele toma decisões sob pressão de assessores, especialmente de três mulheres: Hillary Clinton, sua principal conselheira, a assessora Valerie Jarrett, e sua mulher, Michelle Obama. Bin Laden foi morto por fuzileiros americanos dentro do complexo residencial onde morava em Abbotobad, Paquistão, em maio de 2011. A morte do líder da Al-Qaeda é considerada um dos principais trunfos da campanha do presidente à reeleição, em novembro. Segundo o autor do livro, a ação para matar Bin Laden surgiu do trabalho conjunto de Hillary Clinton com Leon Panetta, então diretor da CIA e agora secretário de Defesa, e David Petraeus, chefe das forças da Otan no Afeganistão durante a ação e agora no comando da CIA. O ponto de vista de Michelle Obama foi essencial para a autorização. “Ela sabia que a presidência de Obama poderia ser mortalmente ferida se bin Laden continuasse solto", afirma o autor do livro.
Miniter, que trabalhou para o 'Wall Street Journal', 'Washington Times' e 'Sunday Times' de Londres, se baseia em uma fonte não identificada dentro Comando Conjunto de Operações Especiais. Segundo esse informante, os comandos já sabiam onde estava bin Laden, mas três missões foram canceladas por ordem de Obama, em janeiro, fevereiro e março de 2011.
O livro revela que teria sido Jarrett que o influenciou Obama a cancelar as três primeira missões e Clinton foi decisiva em pressioná-lo para executar o líder talibã.
Miniter escreve que Obama foi “cuidadosamente indeciso” sobre a possibilidade de matar o líder do 11 de setembro, “porque temia assumir a responsabilidade por um ataque arriscado que poderia ser tragicamente errado."

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