quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Anvisa está a um passo de acabar com a produção de fumo no Brasil
O Rio Grande do Sul é o maior produtor brasileiro de fumo, respondendo pela metade de toda a safra.
Além do Estado Gaúcho, apenas Santa Catarina e Paraná também plantam.
85% de toda a produção é exportada.
Pelo menos 100 mil famílias, apenas no Rio Grande do Sul, vivem do cultivo, que envolve poderosa cadeia de agronegócio, sobretudo industrial.
Neste momento, a Anvisa ultima audiências públicas para impor restrições ao comércio e proibir misturas ao fumo dos tipos Virginia e Burley, basicamente a totalidade do insumo usado para fabricar cigarros.
Se fizer isto, o Rio Grande do Sul terá terríveis problemas na sua economia e enfrentará um caos social nas zonas de produção.
O setor está preocupadíssimo com a velocidade com que a Anvisa poderá editar uma resolução e acabar com a cadeia produtiva do fumo no Brasil.
Milhares de agricultores, trabalhadores da indústria, empreendedores e trabalhadores de todas as áreas da economia fumageira, serão lançados na miséria de uma hora para outra.
Na terça-feira -14 de fevereiro, a Anvisa realizou audiência pública em Brasília para decidir se impõe restrições pesadas desde agora, inviabilizando o setor, ou se fixa regras de transição para a reconversão das lavouras.
Se o governo quiser reconverter a produção terá que dizer o que entrará no lugar do fumo e fixar uma política de apoio aos produtores.
Será necessário, também, combater efetivamente o contrabando de cigarro. Não tem sentido acabar com a produção de cigarro brasileiro, perdendo milhares de empregos na indústria e no comércio, e continuarmos a conviver com o cigarro contrabandeado.
Há centenas de anos as pessoas fumam e o fumo ingressou no portfólio econômico como atividade agroindustrial importantíssima.
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