Metade das vagas no ensino
superior do Brasil ficaram sobrando em 2010

No ano passado, quase metade (49%) das vagas de ingresso para novos
alunos oferecidas pelas universidades, centros universitários e
faculdades do Brasil não foi preenchida. Segundo dados do Censo da
Educação Superior de 2010, divulgado pelo Ministério da Educação, as
2.377 instituições de ensino superior disponibilizaram 3.120.192
vagas em seus processos seletivos, mas o número de ingressos
registrados foi de 1.590.212. De 1,5 milhão de oportunidades de
acesso não preenchidas em 2010, a maioria era de estabelecimentos
particulares. Ainda assim, sobraram 36 mil vagas em instituições
públicas, especialmente nas municipais. O secretário de Ensino
Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, reconhece que é preciso
melhorar o aproveitamento das vagas das instituições que não são
federais. "As instituições municipais passam por algumas
dificuldades. Estamos elaborando um programa para que a gente possa
apoiar as instituições públicas que não são federais e passam por
dificuldades de financiamento ou infraestrutura. Com esses
problemas, às vezes elas têm dificuldades para atrair o estudante",
explica Costa. Sobre a ociosidade das vagas do sistema de ensino
como um todo, ele avalia que é positivo que haja um grande número de
vagas disponíveis. "É bom que o Brasil tenha um grande número de
vagas porque ele está preparado para a expansão", defende. Em termos
absolutos, é na região Sudeste que sobram mais vagas de ingresso:
886 mil, de 1,6 milhão disponíveis, a maior oferta do País. Mas é no
Centro-Oeste que há a maior proporção de vagas não preenchidas, 53%.
Já as instituições do Norte têm melhor aproveitamento: 63% das vagas
foram ocupadas em 2010. Entre as diferentes áreas de formação, o
percentual de vagas ociosas varia de 30%, nos cursos ligados às
atividades de agricultura e veterinária, a 60% nos de serviços, que
incluem graduações como hotelaria, turismo e gastronomia.
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