Protestos contra Wall Street
Americanos criticam o sistema financeiro e os cortes no orçamento federal
Manifestantes ocupam Nova York. |
O protesto contra o corporativismo de Wall Street entrou em sua terceira semana sem perder força, e inclusive se estendeu a outras cidades dos Estados Unidos, em um movimento que lembra a revolta dos "indignados" na Espanha. As mobilizações contra o sistema financeiro, a ganância e os cortes no orçamento federal americano já chegaram a Boston, Chicago, Los Angeles e Washington.
Em Boston, cerca de 3 000 pessoas participaram de uma passeata para protestar contra a avareza das corporações e para que os bancos interrompam as execuções hipotecárias, em uma mobilização que terminou com 24 detidos. Já em Los Angeles, apenas 50 pessoas protestavam em apoio à "ocupação" de Wall Street, que começou no dia 17 de setembro e que parecia definhar até receber um impulso publicitário inesperado no fim de semana.
Em Nova York, o que parecia ser mais uma mobilização terminou com o bloqueio durante duas horas da tradicional ponte do Brooklyn, no sul de Manhattan e não muito longe de Wall Street, e com a prisão de 700 pessoas, a maioria liberada no domingo.
Motivos - A convocação para "ocupar Wall Street" começou com o movimento anarquista Adbusters e outros grupos de esquerda através da internet, e também atraiu ecologistas, ONGs de defesa dos Direitos Humanos, assim como presenças individuais de veteranos de guerra, professores universitários, estudantes. Entre as razões para a manifestação, estão a rejeição à manutenção das práticas corporativistas em Wall Street, apesar da crise de 2008, os cortes no orçamento federal americano em áreas como a educação, a brutalidade policial e o aquecimento global.
"Cada um tem uma razão e um objetivo diferente para estar aqui", afirma Anthony, 28 anos, participante ativo do protesto em Nova York. "A única coisa que temos em comum é que somos 99% das pessoas que já não tolerarão a cobiça e a corrupção do 1% (da população)", completou.
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