Procuradoria reafirma indício de crime em negócios de Palocci
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Antônio Palocci |
A Procuradoria da República no Distrito Federal reafirma ter encontrado
"fatos novos" ao examinar os negócios particulares do ex-ministro
Antônio Palocci. "Em 8 de agosto, foram encaminhadas ao procurador-geral
da República informações apuradas no inquérito civil público que
investiga eventual enriquecimento ilícito do ex-ministro da Casa Civil,
Antônio Palocci, referentes a contratos firmados pela empresa Projeto. A
comunicação reúne informações que não foram citadas, implícita ou
explicitamente, na decisão de arquivamento da representação criminal
divulgada pela imprensa e analisada no bojo do inquérito civil", diz a
nota. A Procuradoria informa ainda que, em razão do afastamento da
procuradora titular, o caso será analisado pelo substituto, Gustavo
Pessanha Velloso, titular do 3º Ofício Criminal: "Caberá a ele a decisão
sobre eventual abertura de inquérito criminal, após análise da
documentação recebida". Palocci deixou a Casa Civil em junho deste ano,
após o jornal Folha de S. Paulo revelar que ele multiplicou seu
patrimônio por 20 entre 2006 e 2010, quando foi deputado federal e
manteve, paralelamente, uma consultoria privada. A Projeto, empresa
aberta por Palocci em 2006 (quando afirmou ter patrimônio de R$ 356 mil)
também comprou, em 2009 e 2010, imóveis em região nobre de São Paulo no
valor total de R$ 7,5 milhões. Palocci afirmou que não revelou sua
lista de clientes a Dilma, atribuiu as acusações a ele a uma "luta
política" e disse que ninguém provou qualquer irregularidade na sua
atuação com a consultoria Projeto. Foi a segunda vez que Palocci deixou o
governo após um escândalo. Em 2006 deixou o Ministério da Fazenda após
suspeitas de ter quebrado o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos
Santos Costa.
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