CNT investiga suposto abuso sexual contra Gaddafi antes de sua morte

O CNT (Conselho Nacional de Transição da Líbia) confirmou que está investigando versões de que Muammar Gaddafi, líder deposto do país, foi vítima de abuso sexual momentos antes de morrer. O CNT confirmou que a investigação foi motivada por imagens captadas por um telefone celular logo após sua captura, na cidade de Sirte. Segundo a correspondente da BBC, Katya Adler, "Gaddafi é rodeado por uma multidão de combatentes anti-Gaddafi". "A gravação parece mostrar o ex-ditador da Líbia sendo submetido a um abuso sexual". O governo interino disse que já lançou uma outra investigação para determinar se Gaddafi, que governou a Líbia por 42 anos, foi executado depois de sua captura. A primeira versão foi a de que ele teria sido atingido durante confronto com as forças do CNT. Nas imagens divulgadas, no entanto, não é possível ver o sinal de bala na cabeça de  Gaddafi. O ex-líder caminha, sangrando, mas aparentemente sem o ferimento que lhe tirou a vida. Segundo representantes do CNT, os corpos de Gaddafi, de seu filho Mutassim e do ministro da Defesa do antigo regime foram enterrados em um local não identificado no meio do deserto líbio. Até segunda-feira(24), os corpos estavam em um contêiner refrigerado em Misrata, onde foram exibidos ao público. Na quarta-feira(26), o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, se disse "enojado" com as imagens de Gaddafi divulgadas pela imprensa. Moradores do bairro de Abu Salim, um dos redutos dos partidários de Gaddafi em Trípoli, relataram que militantes ligados às forças do CNT têm promovido saques e intimidado quem vive no local.