STF confirma liberdade a acusados de matar Celso Daniel
Celso Daniel |
Em março do ano passado, o ministro Marco Aurélio Mello concedeu liminarmente a liberdade a três deles -- José Edison da Silva, Marcos Roberto Bispo dos Santos e Elcyd Oliveira Brito.
Eles ficaram presos por oito anos. Na sua decisão, Marco Aurélio considerou o fato de eles terem ficado todo esse tempo sem julgamento. Para ele, nada justificava a demora.
Hoje, Marco Aurélio disse que o atraso do julgamento neste caso é "emblemático".
No entanto, no caso de Bispo do Santos, a liminar deixou de ter efeito prático quando foi condenado em novembro passado. Desde dezembro, ele está preso.
Já Oliveira Brito é considerado foragido, segundo a secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo. Em agosto de 2010, ele fugiu da penitenciária de Pacaembu (SP), onde cumpria o regime semi-aberto.
Apontado como o mentor do crime, Sérgio Gomes da Silva, o "Sombra", que chegou a ser preso, está em liberdade, por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), desde 2004.
O caso
Celso Daniel (PT) foi encontrado morto, em janeiro de 2002, em uma estrada de terra em Juquitiba (SP). Seu corpo, alvejado por oito tiros, tinha também marcas de tortura.
Oito pessoas foram denunciadas pelo Gaeco de Santo André, grupo especial de investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo, pelo assassinato do prefeito.
Em 2006, familiares de Celso Daniel saíram do Brasil, em busca de asilo na Europa, pois diziam ser vítimas de ameaças por insistirem na resolução do crime.
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