quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Ministro petista chama de péssima a proposta dos 10% do PIB na Saúde
O ministro petista Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) afirmou que "seria péssimo" se o Senado aprovasse a proposta do ex-senador Tião Viana (PT-AC) que obriga o governo federal a destinar 10% do PIB para a área da saúde. Segundo ele, o governo espera "responsabilidade" do Senado na apreciação da regulamentação Emenda Constitucional 29, que traça uma nova divisão para custear a área entre governo federal, Estados e municípios. O ministro afirmou que a presidente Dilma Rousseff "não tem pressa" em aprovar uma nova forma de financiar a saúde, que o atual momento de crise internacional é de "desoneração", não "de se falar em um novo imposto". "A sociedade precisa amadurecer a saúde que ela deseja. O SUS requer investimento", concluiu o ex-secretário da prefeitura de Santo André, na gestão do assassinado prefeito petista Celso Daniel. Sobre a decisão que cabe ao Senado, Carvalho afirmou que o Planalto "não quer demagogias". Segundo o ministro, que foi chefe de gabinete do ex-presidente Lula, o extinção da CPMF pelo Congresso em 2007 foi "um capricho da oposição". "Tínhamos o PAC da Saúde pronto quando sofremos o golpe da perda dos R$ 40 bilhões do imposto. A saúde no Brasil hoje estaria bem melhor", afirmou. Sobre o fato de a CPMF não ir para a Saúde, Gilberto Carvalho disse que os recursos do imposto "aos poucos" estavam "migrando" para a área. Perguntado se o mesmo poderia ocorrer com uma nova contribuição, isto é, de os recursos serem desviados para outras áreas, Gilberto Carvalho defendeu a seriedade do governo atual: "O que garante [que novos recursos irão mesmo para a Saúde é a seriedade com que nosso governo tem trabalhado".
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