quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Gigante agrícola Amaggi pode receber US$ 200 milhões da China
O Export-Import Bank of China, um banco estatal com a missão de promover o comércio entre a China e o resto do mundo, está em negociações para fornecer cerca de US$ 200 milhões em financiamento para um das maiores empresas de agronoegócios do Brasil, a Amaggi.
O possível acordo com a Amaggi Exportação e Importação Ltda., embora relativamente pequeno em comparação com outros acordos que o banco já fez na região, representaria o primeiro investimento do China Eximbank no setor de agricultura do Brasil, segundo disse Feng Zengbin, vice-diretor geral de serviços bancários corporativos do Eximbank, ao Wall Street Journal.
A Amaggi, uma empresa do Grupo André Maggi, de Rondonópolis, MT, disse por meio de um porta-voz que tem "uma operação financeira em andamento" com um banco comercial e com "funding" do Eximbank chinês, para financiar exportações de soja. A empresa não quis confirmar o valor nem o nome do banco.
Até agora, o banco governamental chinês tem se focado principalmente no setor de recursos naturais na América do Sul. O potencial negócio também marca o crescente interesse do banco em fornecer financiamento a empresas estrangeiras que exportam soja, cobre e outras commodities para a China.
"Nós não só ajudamos as companhias chinesas a se expandir no exterior, também ajudamos as empresas estrangeiras que fazem negócios com a China", disse Feng, num fórum de investidores destinado a conectar empresas chinesas com outras na América Latina.
Pequim tem incentivado as firmas chinesas a procurarem negócios no exterior, para ajudar a diversificar as reservas cambiais do país, de mais de US$ 3 trilhões, e reduzir sua dependência do dólar americano.
Os bancos chineses como o Eximbank ajudam a fazer esse tipo de grandes aplicações no exterior, especialmente em setores como recursos naturais, dado o apetite aparentemente insaciável da China por petróleo, gás natural e outras commodities.
A China ultrapassou os Estados Unidos, tornando-se o maior parceiro comercial do Brasil. A maior economia latino-americana se tornou um importante fornecedor de petróleo, minério de ferro e soja para a China, agora a segunda maior economia mundial.
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