quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Denunciadas 16 pessoas pela fraude contra concurso de oficial de justiça no Rio Grande do Sul
O promotor Tiago de Menezes Conceição denunciou, na semana passada, 16 pessoas por suspeita de fraude no concurso para oficial de Justiça promovido em abril de 2010 pelo Tribunal de Justiça gaúcho. Caso o Judiciário concorde com a denúncia, o grupo vai responder por estelionato tentado, já que a seleção foi anulada. O juiz Carlos Francisco Gross, da 9ª Vara Criminal de Porto Alegre, autorizou o levantamento do sigilo sobre o caso. De acordo com a denúncia, a fraude começou com o motorista da Fundação Conesul de Desenvolvimento, responsável pela elaboração do exame. Ele era o encarregado de fiscalizar a impressão das provas e obteve um caderno de questões com ajuda de um colega de empresa. A série de questões foi entregue a um contato de ambos, que encaminhou o material para familiares e amigos. Conforme a investigação, os denunciados, exceto os ligados à Fundação Conesul, responderam às 78 questões antes do dia marcado para as provas, estabelecendo um gabarito preliminar. No dia 18 de abril de 2010, eles preencheram a grade de respostas com as alternativas que haviam decorado. Oito candidatos fizeram provas idênticas, e assinalaram, inclusive, as mesmas questões erradas. O crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos denunciados, já que a comissão responsável pelo concurso desconfiou das notas altas obtidas por candidatos com vínculos pessoais entre si e com provas idênticas e anulou o concurso. Não foi possível comprovar se houve comercialização das provas. Se os denunciados forem condenados, a pena máxima é de pouco mais de quatro anos de prisão.
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