Dilma apresenta a partidos aliados o arrocho de 2012
O ministro Guido Mantega (Fazenda) reuniu-se com Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, na noite de domingo - 28 de agosto.
Na conversa, Mantega expôs à chefe dados que serão exibidos na manhã de segunda-feira - 29 de agosto - aos presidentes e líderes dos partidos do condomínio governista.
Em reunião do Conselho Político, os mandachuvas das legendas conhecerão em primeira mão detalhes da política fiscal do governo para 2012.
Será uma política de cintos apertados. Ressalvados os investimentos sociais e em infraestrutura, os gastos serão reduzidos ao mínimo necessário.
A meta de superávit fiscal – economia que o governo faz para pagar amortizar os juros de sua dívida — deve ser mantida em 3% do PIB.
Os números que Dilma e Mantega exibirão aos partidos constarão do Orçamento da União, a ser enviado ao Congresso antes do fim de semana.
O Orçamento tem de ser aprovado por deputados e senadores até dezembro. E Dilma espera convencer seus “aliados” da gravidade do momento.
Alega-se que convém ao governo segurar os gastos para lidar adequadamente com a crise econômica. Uma crise que, iniciada nos EUA e na Europa, ecoará no Brasil.
O encontro com os partidos ocorre na véspera do início da reunião de dois dias do Copom, o órgão do Banco Central que define a taxa básica de juros (Selic).
Para evitar que a crise leve a economia ao freezer, deseja-se reduzir os juros. É improvável que a queda comece imediatamente.
Porém, ao adotar uma política fiscal restritiva, o governo sinaliza a disposição de oferecer ao BC o contraponto necessário para o abrandamento dos rigores monetários.
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