O que muitos desconfiaram ao longo do depoimento do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, o seu padrinho político, o senador Blairo Maggi (PR-MT), explicitou no final da sessão conjunta das comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle ao fazer um apelo à presidente Dilma Rousseff para que mantenha seu indicado no cargo. Isso, se nada for comprovado contra ele durante os 30 dias de férias que está gozando.
Contrariando as especulações de que ligaria o Palácio do Planalto ao escândalo no Ministério dos Transportes, Luiz Antonio Pagot negou as denúncias de corrupção , defendeu Dilma e disse que o ex-ministro do Planejamento e atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, nunca fez pedidos ou exigências a ele no que se refere à condução das obras do órgão.
Pagot foi um dos quatro afastados por Dilma após a denúncia da revista "Veja" sobre um esquema de corrupção que incluía superfaturamento de obras e recebimento de propina por alguns funcionários do Ministério dos Transportes e de órgãos vinculados à Pasta. A denúncia culminou com a demissão do então ministro Alfredo Nascimento.
Comentário de Ricardo Noblat: Apelo a Dilma para que traga de volta ao Ministério dos Transportes todos que dele se afastaram ou foram afastados caso nenhuma irregularidade seja constatada ao cabo das investigações. Inclusive o ex-ministro Alfredo Nascimento. Pode-se depois dizer que tudo não passou de um mal entendido. Há precedentes. O escândalo dos aloprados, por exemplo, não deu em nada. Os aloprados também deveriam ser chamados de volta.
De tudo que disse em depoimento no Congresso, o diretor de férias do Departamento Nacional de Infra-estrutura (Dnit), Luiz Antonio Pagot, restaram duas coisas:
1. Não houve irregularidade alguma no Ministério dos Transportes. Esqueçam as suspeitas de contratos superfaturados, licitações fraudulentas, enriquecimento ilícito e cobrança de comissão para o PR.Resumindo: não aconteceu nada de errado nos Transportes. E se aconteceu, há muito mais gente responsável por isso.
2. As decisões tomadas no âmbito do Ministério dos Transportes e no Dnit sempre foram colegiadas. E delas tomaram conhecimento as demais instâncias do governo.
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