segunda-feira, 9 de maio de 2011

Inter 2 x 3 Grêmio


Renato Gaúcho vê melhor partida do Grêmio no ano

A torcida costuma tratar o Grêmio por "o imortal" e no domingo - 8 de maio - a equipe gremista mostrou mais uma vez que continua se encaixando bem no apelido. Depois de ser eliminado pela Universidad Católica no Chile da Copa Libertadores, o time tricolor fez a sua melhor partida do ano, justamente contra o maior rival, e saiu na frente na decisão do Campeonato Gaúcho.
"Foi um clássico disputado. O Grêmio jamais se entregou. Taticamente, foi a melhor partida do ano. Tivemos oportunidade de fazer mais gols, mas enfrentamos um grande time. Os primeiros 90 minutos nós tivemos uma boa vantagem e os outros 90 serão lá em casa", analisou Renato Gaúcho. A segunda partida acontece no próximo domingo - 15 de maio, no estádio Olímpico.
Reclamação do treinador só quanto ao número de gols perdidos. Não que três tenha sido pouco... "O Grêmio foi sempre superior em oportunidades, tivemos a chance de marcar, mas não tivemos a calma necessária na hora de concluir. Mesmo assim, conseguimos fazer três gols na casa do adversário", ressaltou o treinador.
Renato explicou como fez para elevar a confiança da equipe, abalada após a perda do segundo turno do Gaúcho, para este mesmo Inter, e a eliminação precoce na Libertadores. "Pedi que, independente do resultado, eles saíssem de campo de cabeça erguida. E pra isso teriam que se entregar. A maior motivação é dizer que eles poderiam entrar pra história do Grêmio. Ser orgulho para família, para os filhos, depois de colocar uma faixa no peito e a foto de campeão na parede", contou.
A coletiva do treinador, porém, foi marcada pela emoção de Renato Gaúcho ao lembrar de sua mãe, falecida há pouco mais de um ano. "Em primeiro lugar eu queria dar parabéns: feliz dia das mães. Estou muito feliz hoje", começou a falar o técnico, antes de dar uma pausa triste e revelar: "Desculpa gente, estou emocionado. Estou muito feliz pela vitória. Dedico à minha mãe. Sei que hoje ela orou por mim hoje", disse chorando.
Durante toda a coletiva, Renato evitou levantar os olhos para a direção dos jornalistas, se mostrou abatido. E foi assim até o fim. Ao abandonar a sala de imprensa do Beira-Rio, foi para os vestiários aos prantos, amparado por um segurança.

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