Está nessa situação o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.
A prática é “reprovada” pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que não tem poder de punir e, examinando os casos que lhe são submetidos, faz recomendações, que o governo pode ou não acatar.
Por menos do que isso, já caíram ministros nos Estados Unidos, na França, no Reino Unido, na Austrália, na Alemanha, no Japão.
Não se defende a queda dos ministros. Defende-se uma investigação séria que verifique até que ponto seus negócios privados interferiram ou tinham capacidade de interferir em sua função pública. E que, depois, se aja em consequência. E, naturalmente, desde já todos eles deveriam afastar-se dessas empresas. Não é cabível que ministro de Estado preste consultoria a empresas privadas, mesmo que em campo diverso daquele em que atuam no governo. Prestando consultorias, os ministros-consultores recebem dinheiro de empresas privadas. Pronto: está estabelecido, pelo menos potencialmente, um forte conflito de interesses.
Imagine se isso tivesse acontecido no governo FHC.
O mundo viria abaixo.
Sendo do PT, duvida-se que vá haver consequências minimamente sérias.
O ministro Palocci, com sua empresa de consultoria tão rentável a ponto de lhe ter permitido aumentar 20 vezes o patrimônio em 4 anos, deve estar se sentindo aliviado.
Não está só na Esplanada dos Ministérios.
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