A debandada resulta de um processo de desgaste interno entre os vereadores e a nova direção municipal do partido, indicada pelo governador Geraldo Alckmin. “O PSDB está com um projeto de poder que foge aos princípios que nortearam a fundação do partido”, disse Police Neto, em referência ao fracasso das negociações para garantir espaço aos vereadores na Executiva municipal.
A saída dos vereadores altera o equilíbrio de forças na Câmara Municipal. Com sete vereadores a menos, a bancada do PSDB, que tinha 13 integrantes, passa a ter apenas seis. E o PT, principal partido de oposição na capital, se torna o maior partido da Casa, com 11 assentos. Segundo informações de bastidores, outros dois vereadores do PSDB devem deixar a sigla.
A disputa pelo controle da Executiva municipal era estratégica para definir os rumos do partido na eleição municipal do ano que vem. O racha se agravou na semana passada, após a eleição do secretário estadual de Gestão Pública, Julio Semeghini, para à presidência do diretório municipal. Semeghini é fiel escudeiro de Alckmin no partido.
Na semana passada, os dois grupos negociavam um acordo sobre a composição da Executiva. Neste fim de semana, entretanto, veio à tona o conteúdo de uma reunião do diretório no qual integrantes do grupo de Alckmin teriam feito fortes críticas e ironias contra os vereadores. A repercussão teria sido o estopim para a debandada.
“É muito ódio contra nós no partido, por causa do compromisso que cumprimos em 2008 (apoio ao Kassab na eleição municipal)”, argumentou Natalini nesta segunda.
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