
O truque de Aracy - apelidada de "o Anjo de Hamburgo", era bem simples: colocar as solicitações de vistos no meio de outros papéis para que o cônsul da época aprovasse sem perceber. Também não colocava nelas a letra "J", que identificava os cidadãos então perseguidos por Adolf Hitler.
Por seus serviços em prol dos judeus, desde 1982 ela tem seu nome inscrito numa placa no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto, em Israel. É homenageada também no Museu do Holocausto em Washington.
Ela acabou se colocando contra a ditadura brasileira, nos anos 60.
- Em 1968, ela escondeu o Geraldo Vandré, sobrinho de uma amiga sua, até que ele conseguisse fugir do país - lembra sua neta Vera Tess, de 47 anos.
Nascida em Rio Negro, Pará, Aracy ainda criança mudou-se para São Paulo. Por falar fluentemente inglês, francês e alemão, acabou indo para a Alemanha depois de se separar do primeiro marido
Foi a ela que o escritor Guimarães Rosa dedicou o seu livro mais conhecido, "Grande Sertão: Veredas", publicado em 1956. Na obra Guimarães Rosa fez uma dedicatória a mulher: "A Aracy, minha mulher, Ara, pertence este livro".
Aracy era a segunda esposa do escritor mineiro Guimarães Rosa.
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