sábado, 13 de abril de 2013


Transporte Escolar

Programa Caminho da Escola


A presidente Dilma Rousseff entregou no dia 12 de abril, em Porto Alegre, 25 ônibus escolares para 15 municípios do Rio Grande do Sul através do Programa Caminho da Escola. Estas são as primeiras das 200 unidades que serão distribuídas para 91 municípios gaúchos, em um investimento de R$ 47 milhões. Os veículos são adaptados para o meio rural, com tração nas quatro rodas e plataforma elevatória veicular. Os municípios contemplados foram: Alegrete, Arroio do Tigre, Boqueirão do Leão, Braga, Butiá, Campina das Missões, Candelária, Canguçu, Cruzaltense, Dezesseis de Novembro, Itaqui, Jaguarão, São Gabriel, Santana do Livramento e Santa Vitória do Palmar.

O Programa Caminho da Escola tem por objetivo à renovação da frota dos veículos (ônibus, embarcações) utilizados no transporte escolar, como forma de garantir, com qualidade e segurança, o acesso e a permanência dos alunos nas escolas da rede publica da educação básica, prioritariamente, residentes na zona rural.
Além dos veículos, os Entes Executores poderão adquirir, também, bicicletas escolares concebidas e padronizadas especificamente para auxiliar no transporte dos alunos que caminham de três a quinze quilômetros para chegar à escola ou ao ponto de ônibus mais perto.





Programas do Transporte Escolar

O Ministério da Educação executa atualmente dois programas voltados ao transporte de estudantes: o Caminho da Escola e o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate), que visam atender alunos moradores da zona rural.
O Caminho da Escola foi criado pela Resolução nº 3, de 28 de março de 2007, e consiste na concessão, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de linha de crédito especial para a aquisição, pelos estados e municípios, de ônibus, miniônibus e micro-ônibus zero quilômetro e de embarcações novas.
Já o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) foi instituído pela Lei nº 10.880, de 9 de junho de 2004, com o objetivo de garantir o acesso e a permanência nos estabelecimentos escolares dos alunos do ensino fundamental público residentes em área rural que utilizem transporte escolar, por meio de assistência financeira, em caráter suplementar, aos estados, Distrito Federal e municípios.
Com a publicação da Medida Provisória 455/2009 – transformada na Lei no 11.947, de 16 de junho do mesmo ano –, o programa foi ampliado para toda a educação básica, beneficiando também os estudantes da educação infantil e do ensino médio residentes em áreas rurais.
O programa consiste na transferência automática de recursos financeiros, sem necessidade de convênio ou outro instrumento congênere, para custear despesas com reforma, seguros, licenciamento, impostos e taxas, pneus, câmaras, serviços de mecânica em freio, suspensão, câmbio, motor, elétrica e funilaria, recuperação de assentos, combustível e lubrificantes do veículo ou, no que couber, da embarcação utilizada para o transporte de alunos da educação básica pública residentes em área rural. Serve, também, para o pagamento de serviços contratados junto a terceiros para o transporte escolar.
Os estados podem autorizar o FNDE a efetuar o repasse do valor correspondente aos alunos da rede estadual diretamente aos respectivos municípios. Para isso, é necessário formalizar a autorização por meio de ofício ao órgão. Caso não o façam, terão de executar diretamente os recursos recebidos, ficando impedidos de fazer transferências futuras aos entes municipais.
Os valores transferidos diretamente aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios são feitos em nove parcelas anuais, de março a novembro. O cálculo do montante de recursos financeiros destinados aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios tem como base o quantitativo de alunos da zona rural transportados e informados no censo escolar do ano anterior.
O valor per capita/ano varia entre R$ 120,73 e R$ 172,24, de acordo com a área rural do município, a população moradora do campo e a posição do município na linha de pobreza.

segunda-feira, 8 de abril de 2013


Gerações

Durante muitas décadas, definiu-se geração como sendo aquela que sucedeu a seus pais. Portanto, se calculava como sendo uma geração o tempo de 25 anos. Nos últimos 50 anos, o intervalo entre uma geração e outra ficou mais curto; tivemos uma aceleração do tempo, do modo de fazer as coisas, do jeito de produzir. Hoje, já se pode falar em uma nova geração a cada dez anos. Isso significa que pessoas de diferentes idades estão convivendo em casa, na escola, no mercado de trabalho.
A chave para entender a cabeça de cada geração está nos acontecimentos de cada época.


Entenda como pensa cada grupo de idade 
- as diferentes gerações -

 
No Brasil, mais pessoas diferentes estão convivendo em casa ou no mercado de trabalho. A geração X resiste à tecnologia e em formas de trabalhar. Já a seguinte, a Y, quer subir logo na carreira.
 



Convívio entre idades diferentes gera conflitos: o profissional que valoriza a experiência, o Baby Boomer, muitas vezes enfrenta problemas com a geração Y, jovens com ideias novas e muita energia. Isso tudo pode deixar os mais velhos inseguros.




Empresas encontram desafios para manter talentos da geração Y.
Muitas empresas estão mudando seus hábitos para estimular trabalhadores da geração Y. Eles não dão bola para a hierarquia e estão mais dispostos a terem reconhecimento profissional.




Geração Y cria e dirige empresas de sucesso no Brasil e no exterior.




Geração Z - nasceu em um mundo repleto de tecnologias.
A geração Z nasceu a partir de meados dos anos 90 e sempre teve internet, e-mail, celular. Conhecidos como individualistas, eles podem ter muita dificuldade de trabalhar em equipe.



Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação entra em vigor

A partir de agora, criança de 4 anos na escola não será mais uma opção dos pais. Está na lei. A atualização da Lei de Diretrizes e Bases da Educação muda algumas das principais regras para o ensino.
Segundo o texto, a educação básica passa a ser obrigatória dos 4 aos 17 anos de idade e será dividida entre Pré-Escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A mudança obriga estados e municípios a oferecer escola às crianças mais novas. Mas, segundo o Ministério da Educação, eles têm até 2016 para garantir a oferta de vagas a todas as crianças.
A lei estabelece ainda que o currículo da educação infantil deve seguir a mesma base em todo o país, respeitando a diversidade cultural de cada região. O professor vai ter que acompanhar e avaliar o desenvolvimento de cada criança, mas sem o objetivo de aprovar ou reprovar o aluno.
Segundo a ONG Todos Pela Educação, um milhão e 50 mil crianças de quatro e cinco anos estão fora da escola.
Para a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, a mudança representa a democratização do ensino no Brasil.




Brasil é o quarto país que mais acessa plataformas de ensino online

A tecnologia pode ser a chave para democratizar a informação, permite produzir e enviar conteúdo em vídeos de modo extremamente barato.
No ano passado a procura por aulas ministradas por vídeos de professores explodiu, principalmente nos Estados Unidos. Inspiradas nessas experiências internacionais, já surgem iniciativas no Brasil, empresas que nascem com o propósito de usar a tecnologia para a educação. Há mercado para isso.


quinta-feira, 4 de abril de 2013


Qualificação do professor 
é o que mais influencia bom desempenho de aluno
Estudo avaliou impacto dos docentes na qualidade educacional. Contratação por concurso público também alavanca ensino
 


Para os pesquisadores, não há dúvidas de que o papel do professor é determinante para o bom desempenho escolar dos alunos. Embora outros fatores – como escolaridade dos pais; infraestrutura escolar; acesso a materiais didáticos – influenciem a aprendizagem, estudo mostra que a qualificação do professor e sua forma de contratação são os quesitos que mais impactam no sucesso de um aluno.
Os resultados identificados pela pesquisadora Raquel Rangel mostram que o País precisa investir muito em formação dos professores e na valorização da carreira. Raquel explica que considerou na pesquisa dados de provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental da rede pública, aplicadas entre 1999 e 2003, e do questionário respondido por professores destes alunos.
Raquel criou uma escala, baseada na Teoria de Resposta ao Item , para comparar a evolução do desempenho dos alunos em cada série avaliada ao longo desse período. Em sua amostra, escolheu tratar dos dados apenas dos seis Estados com piores indicadores à época: Rondônia, Pará, Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ao todo, os desempenhos de 1,2 mil alunos em português e matemática foram avaliados e as respostas de 581 docentes.
“Fomos muito rigorosos para medir esse impacto. Utilizamos um método estatístico que calculou o efeito médio de desempenho dos alunos a cada ‘dose de qualidade do professor’. Estatisticamente, o impacto da qualificação e da contratação por concurso público foi muito maior do que a experiência e o capital cultural do professor, a formação continuada, o uso de recursos pedagógicos, as estratégias de avaliação”, conta.
Raquel é estudante do doutorado em Demografia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e realizou o estudo como mestrado na Universidade de Stanford , nos Estados Unidos. Orientada pelo professor Martin Carnoy, a pesquisadora comparou a situação brasileira à norte-americana e aponta que as realidades são muito distintas.
Segundo Raquel, nos Estados Unidos, como ter um diploma de ensino superior e de cursos de pós-graduação ou especialização é natural entre a maioria dos docentes, as discussões sobre “qualidade” do professor são bem diferentes. “Eles já avaliam o domínio da disciplina, o conhecimento didático, as técnicas pedagógicas, a motivação desse professor. O que queremos mostrar é que temos ainda problemas básicos para resolver. Como a formação”, diz.

Matemática X Português
O argumento de Raquel encontra força nos resultados de diferentes avaliações em larga escala feitas pelos estudantes brasileiros. Um levantamento realizado pela ONG Todos pela Educação mostrou que o desempenho dos alunos do ensino médio na Prova Brasil de 2011 piorou. Apenas 10% deles aprende o necessário em matemática e 29% em Língua Portuguesa .
“É importante ressaltar que avaliei o desempenho de seis Estados, que os dados não são recentes, mas os nossos problemas ainda são muitos e precários. Todos os indicadores de desempenho mostram que temos muito o que alcançar, especialmente nas escolas públicas”, pondera. Ela espera que os gestores se utilizem dessa constatação para investir na formação dos professores e na criação de atratividades para a carreira docente.
A diferença mais significativa de desempenho dos estudantes submetidos a aulas de professores com boa qualificação e contratados por concurso público ocorreu nas avaliações de matemática. Raquel diz que isso mostra que, para ensinar bem a disciplina, a formação do docente é ainda mais determinante, por uma necessidade da área. “O que não quer dizer que não é preciso investir na formação dos professores de português”, enfatiza.


Total que aprende o mínimo 
de matemática no ensino médio 
cai para 10%
Índice era 11% em 2009 e está no mesmo patamar há 12 anos. Considerada apenas a escola pública, resultado é ainda pior: só 5% aprendem

Os índices do ensino médio, etapa da educação que tem os piores resultados no Brasil , pioraram. De cada 100 pessoas que estavam para se formar em 2011 apenas 10 obtiveram na Prova Brasil resultados equivalentes ao mínimo esperado em matemática. Dois anos antes, em 2009, esse total era de 11% . Os dados foram apresentados pela ONG Todos pela Educação, que estabeleceu cinco metas para o ensino brasileiro e acompanha a evolução de índices referentes a elas.
Os percentuais se referem a alunos matriculados tanto na rede pública como privada. Se forem consideradas apenas as escolas públicas, o resultado é ainda pior: só 5,2% aprenderam o mínimo. O percentual varia entre os Estados, mas mesmo o melhor, o Rio de Janeiro, chega apenas a 16,6% do total e 8,9% quando considerada apenas a rede pública. O pior resultado foi do Acre, onde 3% de todos os alunos aprenderam o mínimo de matemática (2,2% se descontada a rede particular).

Resultado não melhora há 12 anos
Há 12 anos o ensino médio forma cerca de 90% dos alunos sem saber o básico de matemática. Em Língua Portuguesa, em que os resultados tinham uma trajetória um pouco mais animadora entre 2005 e 2009, houve uma estagnação em 2011. Ao todo, 29% tiveram resultados considerados minimamente satisfatórios (veja gráfico).

Percentual que aprendeu ao final do 
Ensino Médio
Linha mostra total que sabe o mínimo desejado incluída escola pública e privada por ano de formação


Estagnação após o 5º ano
Os dados referentes à evolução na aprendizagem dos alunos do 9º ano (antiga 8ª série) do ensino fundamental também são ruins e podem ser indicativos de que não há previsão de melhora no ensino médio se o percurso continuar como está. Pelo contrário, mesmo alunos que apresentaram saltos positivos nos índices quando estavam no fim do primeiro ciclo do ensino fundamental (5º ano) chegaram estagnados ao fim da etapa, especialmente em matemática.
Desde 2005 há saltos positivos consideráveis no ciclo 1 do fundamental. O total de alunos que aprendem o adequado saiu de 15% em matemática em 2003 para 36% em 2011 (passando por 19% em 2005, depois 24%, em 2007 e 32%, em 2009). Ou seja, o total dos que aprendem o mínimo nesta etapa mais do que dobrou.
No entanto, esses mesmos alunos não estão obtendo igual êxito quando chegam ao final do fundamental. Quem estava no 5º ano em 2007, no meio deste percurso positivo, deveria estar em 2011 no 9º ano, porém a melhora em matemática nesta etapa foi de apenas dois pontos percentuais desde 2003. Dos 24% que sabiam o adequado de matemática em 2007, só 17% chegaram sabendo o mínimo no final do fundamental em 2011. “Não basta avançar nos anos iniciais e imaginar que o aluno continuará, por inércia, tendo bons resultados nos anos finais”, conclui o relatório de Olho nas Metas, divulgado pelo Todos pela Educação.

Quem tem medo da Matemática?
Você vai conhecer como alguns professores estão tornando o ensino da matemática mais amigável para os alunos



TRI: A metodologia permite aplicação de provas individualizadas e precisas

TRI - significa Teoria da Resposta ao Item. Criada na década de 1950 nos Estados Unidos, a TRI envolve psicologia, estatística e informática. Os especialistas enumeram vantagens na sua utilização para elaboração de exames: provas aplicadas em momentos diferentes podem ser comparadas, o conhecimento de cada aluno é avaliado de forma mais precisa e não há necessidade de aplicar as provas no mesmo dia para milhares de candidatos.
Essas mudanças em relação ao jeito clássico das avaliações – soma de acertos – são possíveis graças ao foco da teoria: o item. Quem elabora as questões precisa se preocupar em medir níveis de conhecimentos diferentes pelas perguntas. Em uma mesma prova, é importante que elas variem: sejam fáceis, medianas e difíceis. Além disso, esses itens têm de conseguir separar quem sabe o conteúdo de quem tenta acertar no chute.
Há três parâmetros importantes considerados em cada item: o grau de dificuldade, a discriminação do item e o acerto casual. O modelo logístico da TRI calcula a probabilidade de um candidato acertar aquele item a partir do conhecimento que possui (dificuldade) e o conhecimento mínimo necessário para responder a questão (discriminação), e avalia o padrão de respostas do aluno na prova, para ter certeza de que ele não está acertando ao acaso.
Para saber se os itens cumprem os requisitos, é preciso testá-los. Depois dos pré-testes, as questões podem ser eliminadas, reformuladas ou incorporadas a um banco de itens, que deve ser constantemente atualizado.
A informática foi fundamental para que os especialistas em TRI conseguissem colocar em prática as potencialidades teóricas da metodologia. Hoje, sistemas de computador sofisticados são utilizados para armazenar, classificar e elaborar os testes. A teoria permite, inclusive, que as provas elaboradas com base na TRI se tornem individualizadas, quando adaptadas para computador.
A qualidade das provas, ao longo dos anos, pode variar. O que não muda é a capacidade de comparabilidade das avaliações por conta dos parâmetros adotados na seleção das questões. O objetivo é que o banco seja formado por itens cada vez melhor elaborados.
Quanto melhor o instrumento, mais precisa a medida. Quanto mais as pessoas forem aprendendo a teoria, melhor será o instrumento. No Brasil, a TRI começou a ser utilizada em avaliações em 1995. Naquele ano, ela foi incorporada ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), instrumento que avalia a capacidade de leitura e escrita das crianças brasileiras.